segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Poesintonizamento



A poesia é uma porta
para o presente
essa inspirac,ão
expirac,ão
profunda
é mergulho no que se sente
sentir é encontrar a poesia que há
no agora
respiro fundo mais uma vez


faz silêncio


uma música interior
fazendo a trilha sonora


Poesia se torna uma vertente jorrante forte como a cachoeira após as chuvas
E fala tão alto
Que seu rugido cala o poeta
E encanta a voz cantante da alma


O TAO Olhar


Que no "si" tudo vê
está presente.


Existe uma fé
No que podemos fazer juntos
A poesia volta ao mundo das palavras
As que contam a jornada do encontrar
Do criar o novo como um reluzente exemplo
De Vida pela Vida, com o amor que ela exige, diante de tudo
Que a mente humana pode criar
Acaba-se o Jogo do Poder, e o homem simples
encontra o outro homem simples
E simplismentes estão integrados
Cessando a incoerência
do esquecer
que esta na mão de nós mesmos
O sintonizamento
Do trabalho transpessoal
e planetário




Então a poesia entra em seu cruzeiro interestelar
e vai voar de asa delta
descer penhascos de rapel
surfar corredeiras de água branca
Soltar pipas deltas e papagaios
enquanto as ondas quebram nos recifes


OD Hoje, dá cidade do povo.

http://www.youtube.com/watch?v=j2IP8NN6wQk

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Despertador poético



Direto ao assunto
é urgente quebrar a pausa
empreender a pauta
matar de pauladas
essa abulia


Não pare mais no meio do parágrafo
não deixe em frangalhos tuas frases


morra de amores pelos horrores de tuas dores
mas não as guarde só para ti
de vida a tantos personagens que em ti pulsam
deixe o ridículo se revelar em gargalhadas soluçantes
Desconheça a ti mesmo retirando o manto do recato
Mande recados, faça intrigas, ria da tua gente
misture queixos caídos
bocas abertas
e dedos apontados

Encha o saco desse saco de gatos
mesmo que ninguém entenda nada
e fique com esse riso amarelo estampado no canto do riso
Pare de achar que passou a vida relevando fotografias de si
Quantos de nós não relevamos você
e não venha por palavras na minha boca
pois agora sou eu que estou as colocando na tua
Não, não há nenhuma arrogância
meu tom não é apenas imperativo
só que estou sedendo
de ver a verdade afiada
que estás cançado de esconder
tu não é o lôbo nem a pele do cordeiro

OD (Hoje , Cidade do povo)




http://br.youtube.com/watch?v=7Nlj-A_UY4E

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quando me sinto feliz como agora


A satisfacao não tem nome

nem palavras

todas as silabas que perfilam-se

nao dizem nada

satisfac,ã

inaudível

intra duzivel

e imensamente

desejada

de se compartilhar


Ao mesmo tempo

rola uma compreensao mútua

e a gente comec,a fazer coisas juntas

que são multipicadoras dessa satisfac,ão



ALEGRIA ALEGRIA



Caetano Veloso e Beach Boys de Argentina






terça-feira, 9 de setembro de 2008

De volta ao presente


Resolvi retomar o meu Blogg poético...
Parei porque as últimas provas me consumiam
Na seguência foi os dois trabalhos de verão que arrumei
que sorveram meu tempo... mas não a minha inspiracão
Na verdade eu vivo em estado de poesia



As vezes me admiro que fac,o tudo que um sujeito normal faz mesmo andando por aí neste estado.
Por que penso que é mais séria minha poesia
que os notíciarios da TV?!!!
Em suma seja eu um sujeito egocêntrigo ou não
eu retorno a "bloggesfera"!
Com uma Homenagem!
Publico aqui, um dos poemas de um livro,
Que levei mais de quarenta anos para comec,ar a entendê-lo
O Madeirame, que é um livro de um Pai Poeta
Essa será uma mistura alquímica de dois poemas
para que se quebre a dormênica da semente
fac,o essa: inter/fusão
De um "TAO Rei Francisco" e "FALARES DE COLINA"
Por fim, publico a "CONDENAC,ÃO"
E passo a esperar que meu pai me perdoe, por publicar suas coisas
sem pedir autorizac,ão...
Que nada... Quem sabe eu o encontre no SKIPE
Ou lhe de uma ligada...



FALARES DE COLINA

A tarde de verão

Atribuiu-se necessária no semiacontecer

Na cidade grande,
Sem mêdo de (o) nada,
Absorvi-me aclarado e completo
Como raro se propõem os homens.
A luz ab´arrotava o espac,o da cidade
Transpassando horário de verão. Operava-se
Mutativamente o borborinho da volta,
Armac,ao do ato
A final.

O bar amarelinho abrigou-me
Racio-resoluto

E só. (O chopp impotente hesitava. Tudo estritamente)
Inegávelmente privilegiara a tarde
E eu sorvia aos goles

Aquela certeza inexplicada
Livre,
Fartando arruminância de invejar.
(Os pés honestos absorfriam um cansac,o realiza´dor)
Acordado de entenderes
Passados

Exultava a superior´idade

Produtiva eu sabia
Falares de colina
Linguajar de vencedor

(Madeirame - M. Alves Dias - Rio de Janeiro - 1966)




Falares de colina TAO Rei Francisco


Sou um reiÚnico dominador de mim. Sem mêdo de (o) nada,
Absorvi-me aclarado e completo
Como raro se propõem os homens.
Sou um rei felizPois não tenho súditos.Sou um rei libertoDe palácios e muralhas.
Aquela certeza inexplicada
Livre,
Fartando arruminância de invejar.
(Os pés honestos absorfriam um cansac,o realiza´dor)
Tenho o mundo inteiro aos meus pésSó preciso andar.Subir a montanhaÉ conquistar horizontes,Se enriquecer do tesouro do silêncio.Viver este reino sem tamanhoSentar num penhasco, invocar um amigo(O vento)E ao som da música do vento,Apenas orar.Sou um rei sem tempo.Tenho apenas o sol do diaE o percurso silente das estrelas.A nada devo pressa.
Acordado de entenderes
Passados
Exultava a superior´idade
Produtiva eu sabia


Delicio-me com as frutas de todas as estaçõesE, se quero dormir protegido,Durmo entre plantas e animais. Falares de colina Linguajar de vencedor .


CONDENAC,ÃO


sou poeta de vontade
e ofício
poeto
de pl(e)ano acôrdo
assim foi
e será
redigo coisa dita
trivial vidinha eterna
fato consumi(a)do pelos epocais
de tôdas
assim foi
e será
desdidos paiadão
(fora os satelitais)
0 suceder é mabac,o:
....................................
...............................edi/
cétera e a irresponsável
mulher
assim foi
e será
(êsse doce m(e)al
tão bem desejamado
cabelos épicos
/burramente schopenhauerseanos/
dia muito
escorrendo sujos
em mecha
de sobrepeito)
assim foi
e será
o desejo de cônscio poemar
(per) segue (me)
até míssil final
assim foi
e será
e eu de tanto querer
canto semelhanc,as valorizadas
assim foi
e será
condenei-me neste o(di)fício fá-
cil porquanto
semvirgens meolham retinamente
e
impossível
-no minuto pupilar-
absorver todo o sensório
assim foi
e será
esta é minha cruz;
o madeirame há de seguirme em ombros
até
o anteapagar
de mim
assim foi
e será
(Madeirame - M. Alves Dias - Rio de Janeiro - 1966)



Grande beijo meu Pai!


Tico Asas 2008