terça-feira, 23 de novembro de 2010

Visita a Rotterdam








Visita em Roterdão

Sempre soube que poesia é um desporto da Alma

Destes que exigem disciplina para manter músculos cardíacos ativos

Poesia que não se presta ao cotidiano, não comove o ser comum

Quando o comum é também enusitado o complexo talvez também compreenda.

Acordei já com saudade de ontem

Da visita curta que lhe fiz

Da brevidade e intensidade do nosso encontro

Onde podemos nos conhecer mais

Onde nossas Almas transpiraram Amizade

Violas, vinhos, cigarros

Livros, discos e fotografias

Piadas , sorrisos , comentários

Jantares e pequenos almoços

Novas receitas, novas músicas

È verdade, nunca fui tão bem tratado

Como descobrir novos amigos pode ser tão intenso

Um casal sensacional no andar topo

Agora me lembro dos telhados e chaminés

Do horizonte por trás das altas torres

Das cadeiras de tomar sol e dos cinzeiros fomegantes

É verdade... gostaria de vê-los longe dos cigarros consumidores

Sei que fazem a vida intensa, mas também fazem a saúde esvair-se

E uma tosse intensa é vazia de prazer e ocupa pensamentos

Mas deixei para outro dia este incentivo, esta mesa de negociações

Amigo tão divertido e tão sério

Amiga extremamente suave

Mais uma vez totalmente obrigado

Devido a diferença tão pequena de idade

Não posso imaginar que me trataram com um filho

Mas me trataram tão bem que foi assim que me senti

Gostei muito de estar na Rotterdam urbana

Na área central e cosmopolita

Gostei de ver tuas meninas

De sentar em cafés aquecidos por resistências elétricas

E estou curtindo buscar a poesia de tudo isso

Dos canais esverdeados por algas aveludadas

Donde decolam patos e aves marinhas

Das ruas dos antigos cais e suas prostitutas

Do gigante menir de Picasso na esquina

Encontros que promovem o encontro

Onde o ócio revela sua riqueza e legitimidade

Onde a humanidade oferece partilha e admiração

Meus amigos, mais uma vez obrigado

São vocês cicerones espetaculares

Que fazem um viajante como eu se sentir milionário

Estrelas, para mim são estrelas, vocês são estrelas

Já que a poesia vira carta

Não posso deixar de revelar

O quanto inspirador foi ver o escritor

E me lembrar que publicar é dar caminho as palavras

Nenhum escritor se contém, sempre estão a pensar em seus livros

Mas publicar é dar caminho é criar mundos em outras mentes

Como podemos resistir as vezes tão longamente

Temos que contar nossas histórias em outras pernas

Em personagens que podem ganhar sua própria estrada

Que as boas bênçãos de Rotterdão estejam com voces

Saudades... um pequeno poeta agora lembrando Andrade.



http://www.youtube.com/watch?v=IxgfKepUbjg

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